quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Batalha da Vida

Como exorta Fílon, o sábio judeu de Alexandria, "sê generoso e amável, pois todos à tua volta travam na vida uma grande batalha".
Só assim é possível dizer como o apóstolo Paulo no auge e na plenitude da vida: "Lutei pela boa causa, percorri o meu caminho e guardei a fé. Só me resta agora receber a merecida recompensa, que o Senhor me dará no Dia do Juízo" (II Tim. 4:7-8).
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Templo de Deus, o Nosso Corpo

Joni Tada, aquela jovem crente que ficou tetraplégica num acidente de mergulho, dá o seguinte testemunho ao fim de duas décadas de sofrimento:
"Algures no meu corpo quebrantado e paralisado está a semente do que eu virei a ser... Estou convencida de que, se houver espelhos no céu (e porque não?), a imagem que eu verei será indesmentivelmente 'Joni', se bem que uma Joni mais luminosa e muito melhor".
Como será o nosso corpo de ressurreição? O corpo ressurrecto de Jesus era um corpo tão real que caminhou com dois discípulos para Emaús, se confundiu com um jardineiro no monte da ressurreição, comeu pão com os discípulos junto ao mar da Galileia. Era um corpo real, mas não um clone do seu corpo terreno. Diz-nos Marcos que o Senhor Jesus apareceu numa outra forma (16:12). Ele era diferente, embora fosse o mesmo. Tão diferente, que Maria Madalena e alguns dos seus discípulos o não reconheceram à primeira vista, nem havia barreiras físicas para os seus movimentos. Igualmente o nosso será um corpo diferente: o mortal revestido da imortalidade, o corruptível revestido da incorruptibilidade, o físico e material revestido do espiritual e eterno (I Cor. 15:35-55).
A vida continua, mas o nosso sofrimento não. Perante o último suspiro, Deus nos receberá na sua glória e, um dia, quando o Senhor Jesus voltar, o nosso corpo e a nossa alma se reencontrarão. Seremos como Jesus e estaremos para sempre ao seu lado no seu Reino glorioso.
O facto de sabermos que Deus vai restaurar o nosso corpo abatido e torná-lo semelhante ao corpo glorioso do Senhor Jesus é por si motivador de uma vida consonante e condizente. Viveremos para sempre neste corpo corrigido, restaurado e aperfeiçoado. Glorifiquemos, pois, a Deus no nosso corpo. E, se Deus lhe dá tanto valor que o faz seu santuário (I Cor. 6:19), vamos respeitar e honrar o nosso corpo, vamos cuidar da sua saúde, do seu alimento, do seu uso, da sua manutenção e preparação para o Céu.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Teologia do Novo Testamento

Depois da Teologia do Novo Testamento de George Ladd, a actualíssima obra de Thomas Schreiner, New Testament Theology: Magnifying God in Christ (Grand Rapids: Baker Academic, 2008), virá seguramente a afirmar-se como um novo clássico dos estudos bíblicos e teológicos.
Como justamente assevera Donald Hagner, Professor Emérito do Fuller Theological Seminary, esta obra prima dos estudos bíblicos "é como bebida fresca num deserto de pós-modernidade" Sólida e relevantemente informada, exegética e canonicamente fundamentada, ela é uma teologia do NT verdadeiramente genuína, podendo mesmo considerar-se a melhor teologia do Novo Testamento escrita nas últimas décadas. O estudante de teologia bíblica e teológica não deve nem pode mesmo ignorá-la.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Deus, Escritura e Hermenêutica

Reflectindo sobre "Deus, Escritura e Hermenêutica", Kevin Vanhoozer afirma que, na reflexão teológica, "Deus deve ser o nosso primeiro pensamento, a Escritura o nosso segundo pensamento, e a hermenêutica o nosso terceiro e último pensamento". E acrescenta: "Fazer teologia envolve os três pensamentos, juntos e em simultâneo". 
O seu livro God, Scripture and Hermeneutics: First Theology (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 2002) é um forte apelo a ser hermenêutico sobre teologia e a ser teológico sobre hermenêutica, aquilo a que ele chama "primeira teologia". É, no fundo, reconhecer a aplicação do tão celebrado círculo hermenêutico: "Eu preciso de crer para compreender, e preciso de compreender para crer". 
Em suma: não devemos pensar sobre a pessoa de Deus à parte do testemunho autorizado da Escritura, não devemos pensar sobre a Escritura à parte do seu divino autor e tema central, não devemos pensar sobre hermenêutica - sobre interpretar ou como interpretar a Escritura - à parte da exegese bíblica (p. 10); isto é, à parte de uma análise, interpretação e compreensão profundas do texto bíblico.