sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SANTIFICADOS PELA PALAVRA

A Palavra da Fé que pregamos é a Palavra de Deus. Não temos outra mensagem para anunciar. Palavra que a nós se revela como palavra viva e palavra escrita, e que em nós se manifesta como palavra incarnada.
A Palavra escrita é a mensagem contida no texto sagrado. Uma pequena biblioteca de 66 livros, produzida ao longo de mais de 1500 anos, por mais de 40 escritores inspirados por Deus (II Pedro 1:21). Uma palavra que, por ser integralmente inspirada, infalível e sem erros nos manuscritos originais, é autorizada, completa, relevante e eficaz: como guia seguro para a nossa vida – “lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus caminhos” (Salmo 119:105) –, como alimento para a nossa alma, e como terapia contra essa doença mortal que se chama pecado (“escondi a tua Palavra no meu coração para não pecar contra Ti”).
A Palavra viva é o próprio Senhor Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne para a nossa redenção. Mais do que uma mera potência divina, a Palavra é Jesus Cristo e Jesus Cristo é o próprio Deus. Foi Ele quem no princípio criou o mundo, transformando o caos em cosmos e dando ordem ao universo. Foi Ele quem há dois mil anos veio ao nosso encontro, abstendo-se de usar as virtudes da sua divindade para se fazer nosso igual e suportar na cruz o castigo que os nossos pecados mereciam, sendo ressuscitado e ressuscitando-nos dos mortos para uma vida vitoriosa e bem-aventurada. É Ele também que um dia voltará para acabar de vez com o pecado e a morte, para repor a ordem original e estabelecer o seu Reino eterno.
A Palavra incarnada é Cristo em nós, que vivemos hoje em união com Cristo e somos como igreja o seu corpo espiritual, de sorte que em nós se vão configurando as características que enformam o seu próprio carácter (II Coríntios 3:18). Poderá dizer-se que somos um quinto evangelho a incarnar e viver o Evangelho do Senhor Jesus.
A Palavra de Deus é, em suma, a palavra que nos justifica (Romanos 10:17), a palavra que alimenta e fecunda a nossa fé, a palavra que nos santifica e aperfeiçoa: “Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela para a santificar e purificar lavando-a com a água da sua Palavra, com o fim de a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5:25-27).
Que diz, pois, a Escritura? “Esta palavra está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a fazeres”: a Palavra escrita, na tua boca; a Palavra viva no teu coração. Lê-a, estuda-a, aplica-a, transmite-a, e serás uma bênção.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

DISSE JESUS: EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA

Separado de Deus e do seu Filho Jesus Cristo, o homem permanece na morte. Só terá vida bem-aventurada se optar por Cristo e sua Palavra, se confessar o Senhor Jesus como seu Salvador pessoal. Doutro modo, a sua existência será uma experiência infinda de total e derradeira separação de Deus.
No Domingo de Páscoa, após a sexta-feira da crucificação, Jesus rompeu as cadeias da morte para nos assegurar a vida eterna. A sua ressurreição foi então proclamada pelos anjos de Deus ante o túmulo vazio: “Ele não está aqui, já ressuscitou”. Aleluia! Lucas, o evangelista médico, descreve como Jesus convidou os seus discípulos a ver com os próprios olhos as marcas do seu corpo crucificado. Paulo convictamente afirma que “Cristo ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras”, descrevendo o seu próprio encontro de fé com Ele. E Pedro declara que “pela grande misericórdia de Deus nós nascemos de novo para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo”.
Para os discípulos do Senhor Jesus, a experiência da ressurreição era tão evidente como a da sua própria existência terrena. É impressionante como eles, de um momento para o outro, trocaram a agonia do medo pelo testemunho ousado do seu grande Mestre e Senhor. Com tal entusiasmo e convicção passaram a pregar a Boa Nova na cidade em que Cristo fora crucificado, que milhares dos seus próprios perseguidores a Ele se renderam e converteram.
Louvemos com semelhante ardor o nosso Salvador ressuscitado. Louvemo-lo com o forte testemunho da nossa própria ressurreição espiritual. Ele é a Ressurreição e a Vida. Ele é a nossa única e bendita esperança.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Discipulado Cristão Real

     Nunca na história da humanidade um meio evangelho, um evangelho falseado e adocicado contribuiu para resolver de raiz algum dos males humanos. O evangelho como nos é apresentado na Bíblia deve ser inteiramente estudado, sinceramente recebido e apaixonadamente proclamado. Este é o evangelho que exclusivamente está centrado na pessoa, ensino e obra do Senhor Jesus Cristo.
E para que a proclamação deste evangelho seja de facto relevante, não pode custar a nós barato aquilo que a Cristo custou tão caro. Nada menos que submissão incondicional poderia corresponder ao sacrifício do Calvário. Amor tão maravilhoso e divino nunca seria justamente correspondido com menos que a vida por inteiro.
     Se é natural um soldado dar a vida pela pátria, bem mais natural será dedicar a essência da vida à mais nobre e sublime de todas as causas, corresponder por inteiro aos desígnios do Senhor Jesus como testemunhas fiéis do seu amor e da sua salvação: “Se alguém quiser ser meu discípulo, renuncie-se a si mesmo, pegue na sua cruz e siga-me” (Marcos 8:34).
Num livro, O Discipulado Real, o seu autor enuncia sete elementos bíblicos que caracterizam o verdadeiro cristão: (1) Amor supremo a Jesus Cristo – Lucas 14:26. (2) Negação do eu – Mateus 26:24. (3) Escolha deliberada do caminho da cruz e uma identificação total com Jesus Cristo – Gálatas 2:20. (4) Uma vida de obediência à vontade de Deus, vivida no poder do Espírito Santo. (5) Um amor fervente por todos os filhos de Deus – João 13:15. (6) Perseverança na Palavra de Deus – João 8:31. O discípulo verdadeiro é um cristão de continuidade e fidelidade até ao fim. Cristo deseja discípulos que O sigam em obediência inquestionável e constante. (7) Renúncia total – Lucas 14:33. Este é talvez um dos versículos mais invulgares da Bíblia: “Quem não renunciar a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo”.
Se a paixão suprema da nossa vida for o avanço da causa de Cristo, então nós estaremos dispostos a buscar primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, e a deixar confiadamente o futuro em suas mãos.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Imperativo da Hora Presente

Passou mais um ano. Agradecidos a Deus pelas muitas e variadas bênçãos, pelas vitórias alcançadas, sentimos que ficámos muito aquém dos justos objectivos que havíamos sonhado. Agora que estamos no limiar de uma nova etapa, que acabamos de dar os primeiros passos nesta nova fase da vida, justo é meditarmos no desafio que o Senhor nos dirige.
 Sinto, efectivamente, que estamos na hora derradeira, neste tempo de oportunidade que Cristo vem concedendo às suas igrejas. Nunca, creio eu, soaram tão reais as palavras do grande apóstolo aos gentios: “Sabemos que já são horas de despertarmos do sono… Vai alta a noite e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz” (Romanos 13:11-14).
Diria que estamos a viver a 25ª hora do último dia do tempo aceitável, o tempo da longanimidade e benignidade de Deus. “Deus não retarda a sua promessa ainda que alguns a tenham por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (II Pedro 3:9).
O tempo legítimo da oportunidade já cessou. Esta é a hora que ultrapassa o relógio do tempo natural, a hora da misericórdia e longanimidade divina. “A noite é já passada, o dia é chegado… Já são horas de despertarmos do sono” (Romanos 13:12, 11).
Creio ser neste contexto que devemos entender o imperativo de Jesus: Vai e anuncia, tema que bem precisa de ser retomado nos alvores de um novo ano. Não se trata de um duplo imperativo. Pressupõe-se sim, que todo o cristão foi à partida mobilizado e automaticamente integrado nas fileiras do grande exército do seu supremo Senhor. Cristianismo é marcha: seguir, proclamar a verdade em amor”. Indo ousada, diligente e definitivamente, anuncia o Reino de Deus. Mas o ide de Jesus à comunidade dos discípulos é sempre um vai individual, concreto e objectivo. Cada discípulo em particular é, por força da sua natureza e missão, um evangelizador, um anunciador da Boa Nova.
Neste ano de busca de santidade e vida consagrada, neste ano de abertura de horizontes para o cumprimento de uma nova frente de missão, neste ano de novos e grandes desafios, unamo-nos em Cristo, operemos o evangelho no seio das nossas próprias vidas e transportemo-lo para a vida de outros também. Seja Cristo engrandecido, honrado e glorificado em cada um de nós.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Plenitude e Harmonia

Que mais poderia eu desejar para a família, os amigos, os colegas e os irmãos na fé? Plenitude é o clímax de tudo o que de melhor se pode desejar e pedir. Harmonia é a convergência, conjugação e partilha existencial perfeita das virtudes mais excelentes; é a experiência mais nobre e bela de tudo o que dá sentido e sabor à vida; é o fluir em equilíbro de tudo o que nos edifica e a partir de nós edifica outros; é, enfim, o sabor perfumado e doce das graças e das bênçãos mais desejadas; numa palavra, o deslumbramento e o fascínio experiencial da felicidade plena na comunhão perfeita com a paz e o amor sublimes de Jesus.

É um Ano 2010 assim que desejamos para todos, sem qualquer selecção ou discriminação. Um FELIZ ANO NOVO, um NOVO ANO MUITO FELIZ. “Aquele que em vós começou a Boa Obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1:6).

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CULTIVANDO A MENTE AO SERVIÇO DA VERDADE EM AMOR

“Não vivam de acordo com as normas deste mundo, mas deixem que Deus vos transforme pela renovação da vossa mente” Romanos 12:2)

Jesus centrou a sua pregação e o seu ensino no Reino de Deus: “o Reino de Deus está próximo, arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:14); “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça” (Mateus 5:33); “Vem, segue-me”.

Seguir Jesus no serviço do Reino de Deus era encontrar o ponto central de equilíbrio para a vida, começar uma nova vida de comunhão com Deus no seu Reino. O método de Jesus para promover esta transformação foi uma chamada a entrar no Reino de Deus e cumprir a sua vontade.

Quando nos identificamos com Cristo confessando-o nosso Salvador, Mediador e Senhor; sim, quando o declaramos nosso Senhor e Mestre, nós passamos a ser discípulos do grande EU SOU, do Deus que se fez carne, “cheio de graça e de verdade” (João 1:1,14). E quando o ouvimos afirmar, “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6), nós não temos dúvidas de que estamos da presença da própria essência da vida.

Jesus não disse que possuía a verdade – um mero conjunto de ideias e conhecimentos verdadeiros. Disse, sim, que Ele mesmo era a Verdade, o Caminho que conduz à fonte da Verdade essencial, o caminho que atinge a própria essência da vida. Ora Ele que é o autor da existência, a fonte primeira de todos as coisas, a causa de todas as causas, o arquitecto e a encarnação da própria Vida, da vida infindável, inesgotável e eterna, é também o Mestre dos mestres, o Médico dos médicos e o modelo por excelência de cada um de nós, seus discípulos. Deixemos, pois, que Deus nos molde e transforme – na mente, na alma e no espírito – para sermos cada dia mais semelhantes a Ele.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O Evangelicalismo Contemporâneo

Reflectindo sobre a obra de Warren Smith, A Lover's Quarrel with the Evangelical Church (Maio 2009), Mark Galli faz aflorar algumas das muitas preocupações que este livro aflora. Vale a pena ler o texto desta sua recensão, intitulado "An Evangelical Lament", na hiperligação seguinte: http://www.christianitytoday.com/ct/2009/october/1965.html.
Uma das expressões que mais me tocou diz mais ou menos assim: "Uma das ironias que começamos a vislumbrar no horizonte é que... até o mundo quer que a igreja seja a igreja. É a igreja que não quer ser a igreja. Aí está o cerne do problema".

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Música na Igreja

Vale a pena ler este texto sobre a excelência da música e a música de excelência na igreja.
(Da autoria de Charles W. Colson e Mark L. Earley, in BreakPoint Radio)

Worship Wars
How Do We Determine Musical Excellence? August 6, 2009

Longtime BreakPoint listeners know how I feel about church music. I prefer the older hymns of the faith over modern praise choruses. Other people feel strongly the other way. So I’m not surprised that full-scale music wars have erupted in some churches.

But is there a right and wrong kind of music for worship? One expert on church music says yes, there is.

Donald Williams is director of the School of Arts and Sciences at Toccoa Falls College in Georgia. In his excellent Touchstone magazine article, “Durable Hymns,” Williams notes that there have been wars over music almost as long as there’s been a church. So what’s the answer? Williams says we should study the music of the past to “learn the criteria by which to discern what is worthy in the present.” Much of today’s music is of poor quality, he writes. But so was some music written centuries ago. The difference is the old hymns have endured a centuries-long weeding-out process. If we hope to identify the best new music, Williams writes, we must know “those marks of excellence that made the best of the past stand out and survive so long.”

These marks of excellence “are not arbitrary.” They “are derived from biblical teaching about the nature of worship.” They come, Williams writes, “from an understanding of the nature of music and how it can support those biblical goals.” Among these marks of excellence is biblical truth. Lyrics need not to be literal Scripture, but they do have to be faithful to it. Another mark of excellence—theological profundity. Think of how the words to this great hymn encourage us to worship God with our minds:

Immortal, invisible, God only wise. In light inaccessible hid from our eyes.

By contrast, some contemporary choruses are often “so simplistic and repetitive that theological reflection never has a chance to get started,” Williams says. A third mark of excellence is poetic richness. For instance, the use of a question in the hymn “What Child is This?” helps us capture “the wonder of the Incarnation.” In “Amazing Grace,” the word “wretch,” Williams notes, is “a simple but evocative” choice. A fourth mark is musical beauty. In great music, “there are certain contours, structures, and cadences that make for a singable melody.” And the right harmony “can make that melody more memorable . . .,” he writes. For instance, “Be Thou My Vision” “rises and falls like an ocean wave or a sine curve.”

Tragically, Williams notes, “more recent praise choruses seem to ignore all the rules of good composition, giving us not well-shaped melodies but just one note after another.” Now, some songwriters are creating excellent music today. But, warns Williams, only those musicians who are musically gifted, and historically, biblically, and theologically trained are qualified to help churches choose the best new music “as a supplement to the church’s rich musical heritage.” I couldn’t agree more. And—in the end—all sides of the music wars can agree that we want to praise God by singing hymns and spiritual songs that are biblically true, theologically profound, poetically rich, and, yes, musically beautiful.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Melhor é Sofrer o Mal do que Fazê-lo

Foi o filósofo Sócrates quem há perto de dois milénios e meio fez esta afirmação, por saber que o mal corrompe a alma na sua essência, e que apenas destrói aquele que o pratica. E não é de espantar. Esse mesmo princípio ético permeia a Escritura inteira desde o Génesis ao Apocalipse. Aflora sobretudo no verbo divino de Jesus. Ninguém como Ele sofreu os efeitos do mal: do ódio, da inveja, da calúnia e difamação, da própria violência assassina; mas triunfou e eternamente reina. Onde estão, porém, aqueles que O atingiram? Companheiros como Judas, irmãos de raça como os fariseus, mestres, como os escribas e os doutores da Lei? “Aquele que difama o seu próximo às escondidas”, diz o Senhor, “Eu o destruirei” (Salmo 105:5).

Daí a exortação permamente do Evangelho ao amor: “Porque esta é a mensagem que dele ouviste desde o princípio: que nos amemos uns aos outros; não como Caim que era do maligno e matou o seu irmão. E por que causa o matou? “Porque as suas obras eram más e as do seu irmão justas” (I João 3:11-14); mas como Jesus, que se entregou a si mesmo, por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Efésios 5:22). “Qualquer que aborrece a seu irmão” acrescenta o apóstolo do amor, “é homicida”; e há palavras que são mais letais do que setas duplamente envenenadas.

Se sofreres, irmão, a injustiça; se algum dia te encontrares em situção idêntica à do salmista David quando, na sua inocência, clamou por justiça divina, ao ser mortalmente afrontado por um amigo (Salmo 55:1-4, 12-13); sim, se alguma vez suprimirem a verdade dos factos para fazerem valer contra ti argumentos sem fundamento, mesmo depois de andares a primeira e a segunda milha, lança, como o salmista, “o teu cuidado sobre o Senhor e Ele te sustentará”, pois nunca permitirá que o justo seja abalado; ama quem quase te matou, no íntimo do teu coração perdoa-lhe, e se ele te procurar, recebe-o. Tu sabes bem que, se for crente jamais terá paz enquanto não der esse passo; enquanto não confessar o seu pecado e dele não fizer a justa reparação, sofrerá e agonizará, porque nele a consciência divina não dorme. Apieda-te dele e intercede a seu favor. Contemplarás assim a tua missão e a sublime paz de Jesus te amparará.

Sim, lembra-te de que pior é fazer o mal do que sofrê-lo. Aceita submissamente a exortação autorizada da Escritura e procura viver segundo ela. Só assim serás verdadeiramente feliz e a paz de Deus encherá toda a tua vida.

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão e longanimidade; suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra o outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição; e a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações, e sede agradecidos” (Colossenses 3:12-15).

sábado, 3 de janeiro de 2009

Somos Mais Que Vencedores

Não sabemos o que o novo ano nos reserva. Nuvens negras pairam sobre o horizonte da nossa vida, como cidadãos e como cristãos. Ontem o comunismo caiu, hoje o capitalismo se abala. As previsões económicas mais optimistas para o ano que agora começa não são de exultar. Mas, sabemos uma coisa: Deus é soberano e está no trono. É Ele quem tem a última palavra. Basta que sejamos seus filhos e honremos a sua vontade. Ele cuidará de nós.

“Quem nos poderá separar do amor de Cristo? O sofrimento, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, os perigos, a morte? ... Em todas estas coisas nós saímos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou… Eu tenho a certeza de que não há nada que nos possa separar do amor de Deus: nem a morte nem a vida; nem os anjos nem outras forças espirituais; nem o presente nem o futuro; nem as forças do alto nem as do abismo. Não há nada nem ninguém que nos possa separar do amor que Deus nos deu a conhecer por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 8:35, 37-39).

Nenhum problema, força ou circunstância da vida poderão vir a perturbar a nossa caminhada cristã. Se somos crentes no Senhor Jesus, nada poderá levar Deus a deixar de nos amar e olhar por nós. Com Ele, somos mais, infinitamente mais do que vencedores, porque o amor divino garante a nossa segurança.

Portanto, demos as boas-vindas ao novo ano, encaremo-lo com esperança, fé e coragem. Sejamos positivos e confiantes. Colaboremos com Deus na construção do nosso futuro, abençoemos os outros com os actos generosos que brotam da nossa vida e deixemos que o amor de Deus transforme também o nosso.

Um dia, quando pai e filho voltavam do cemitério no funeral da sua esposa e mãe, o filho, ainda pequeno, assustou-se com o aparente choque da sombra de um camião que por eles passava. E o pai arrematou: “meu filho, era apenas uma sombra e as sombras não fazem mal. Foi o que aconteceu com a tua mamã. Ela apenas passou pelo vale da sombra da morte. Agora está no Céu, descansa em paz, venceu a maior de todas as batalhas. Está no Céu com Jesus”.